Coordenadores do NAPI destacam a importância Neuroscience para avanços científicos e novas parcerias internacionais
O Neuroscience, realizado anualmente pela Society for Neuroscience, é o maior evento de neurociência do mundo. Na edição de 2024, o congresso ocorreu em Chicago, nos Estados Unidos, entre os dias 5 e 9 de outubro, reunindo pesquisadores, professores e estudantes. Mais de 20 mil pessoas estiveram presentes, incluindo os coordenadores do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) Neurociências, os professores Claudio da Cunha, Eduardo de Almeida Araújo e Rúbia Weffort de Oliveira.
As atividades do evento incluíram palestras com cientistas renomados, workshops, sessões de pôsteres, além de uma exposição de novas tecnologias, equipamentos e serviços voltados para pesquisas na área. A equipe do NAPI levou trabalhos para apresentação e conduziu um simpósio sobre a internacionalização das universidades em colaboração com parceiros de instituições estrangeiras.
Entre os palestrantes do simpósio, a pesquisadora Donita Robinson, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, destacou os benefícios das colaborações internacionais para a dinâmica dos laboratórios, enquanto William Sanchez Luna compartilhou sua trajetória acadêmica e profissional entre Colômbia, Brasil e Estados Unidos.
O professor Eduardo Araújo discutiu casos de sucesso em pesquisas conjuntas e Henry Steinbusch, da Universidade de Maastricht, focou em como garantir financiamento para projetos internacionais. Já a professora Rúbia de Oliveira falou das vantagens dos programas de dupla titulação e, vindo da Universidade de Nova York, Andre Fenton, encerrou o simpósio com uma reflexão sobre sua jornada como neurocientista e os impactos da internacionalização para a carreira.
Na sessão de pôsteres, o professor Claudio apresentou a pesquisa intitulada “Predictive Value of Rat Pups Ultrasonic Vocalization on Adult Anxiety-like Behavior and Appetitive Ultrasonic Vocalizations Evoked by Cocaine”. Durante a apresentação, mostrou dados do laboratório em que atua, abordando a relação entre cocaína e emocionalidade em modelos animais. Após o evento, o professor Eduardo viajou ao Canadá para negociar parcerias com outro laboratório, enquanto Claudio seguiu para Nova York, onde ministrou uma palestra e iniciou conversas que podem resultar em futuras colaborações.
Os coordenadores do NAPI Neurociências ressaltaram a importância do Neuroscience como uma oportunidade para imersão nas tendências mais atuais da neurociência. “Um cientista não pode focar apenas no que faz. É preciso ter uma visão ampla e integrada do campo”, afirma Claudio. Além disso, o evento proporcionou o ambiente ideal para networking, facilitando contatos, troca de ideias e a criação de convênios.
Rúbia enfatizou a relevância do congresso como o maior do mundo na área. “É um momento de aprendizagem, de mostrar o que a gente faz, de encontrar nomes que a gente só conhece da literatura, ver o que está sendo feito em termos de novidade e neurociências. Não só as perguntas que são feitas, mas também as técnicas que são utilizadas para respondê-las”, disse. Ela ainda destacou o papel da feira de equipamentos para conhecer inovações tecnológicas e a troca de experiências com colegas.
Um evento como esse não apenas possibilita a disseminação do trabalho desenvolvido pelos pesquisadores do NAPI, mas amplia as perspectivas de cooperação internacional e traz inovações que poderão transformar as práticas de pesquisa nos próximos anos. Com um ambiente propício para aprendizado, networking e parcerias estratégicas, o congresso reafirmou sua importância como um espaço para impulsionar a ciência e fortalecer o intercâmbio acadêmico e cultural entre instituições de diferentes partes do mundo.