Estágios do NAPI Neurociências propiciam novas técnicas de pesquisa

Arranjo disponibiliza três laboratórios para o aprendizado de procedimentos neurocientíficos

O Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI) está com os editais abertos para a seleção de novos projetos de estágios, que fazem parte da estratégia de fomentar a qualificação de projetos de pesquisa realizados em programas de pós-graduação do Estado. Tudo isso com o objetivo de estruturar uma rede sólida de pesquisa em neurociências, no Paraná.

 

A formação dessa rede de pesquisadores é feita, basicamente, a partir da disponibilização da infraestrutura e da expertise de três laboratórios de pesquisa em neurociências, sediados na Universidade Federal do Paraná (UFPR), na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

 

Nesses locais, os pesquisadores e estudantes de pós-graduação colocam em prática experimentos que utilizam tecnologias não-disponíveis em suas instituições de origem.

 

(Foto/Freepik)

Ao todo, já foram selecionados oito pesquisadores para estágios (de três meses, no máximo) nas universidades mencionadas. Os projetos contemplam diferentes áreas da neurociência, como neurofarmacologia e neurogastroenterologia, e requerem técnicas específicas para progredirem.

 

Os pesquisadores contam com o apoio dos professores responsáveis pelos laboratórios e seus bolsistas de pós-doutorado. O Arranjo dispõe de recursos aprovados pela Fundação Araucária para a permanência de cada uma dessas pessoas em seus respectivos destinos. 


Os estágios

A doutoranda em Ciências Farmacêuticas, pela UEM, Nathália Akemi Neves Kohara, foi para Curitiba atuar no Laboratório Place To Go, da UFPR, sob a orientação do professor Claudio da Cunha. Ele é o coordenador geral do NAPI Neurociências. Nathália conta que a experiência desempenhou um papel crucial no desenvolvimento do doutorado, tanto em termos de competências técnicas quanto de crescimento intelectual e profissional. 


“Uma das contribuições mais significativas do estágio foi o desenvolvimento de habilidades técnicas avançadas, especialmente no campo das cirurgias estereotáxicas em roedores. Trabalhar em um laboratório diferente me ensinou a colaborar com outros pesquisadores, compartilhar ideias e resolver problemas de maneira coletiva”, completa Nathália. 


Também vinda da UEM para a UFPR, a mestranda em Ciências Farmacêuticas, Letícia Alexandrino Barilli, deu sequência às atividades de seu projeto no laboratório do professor Claudio. Lá, pôde aprender mais sobre as técnicas de fotometria e de registro de vocalizações ultrassônicas, as quais eram necessárias para responder perguntas relevantes de sua linha de pesquisa ligada ao estresse, neurodesenvolvimento e resiliência.

Letícia Barilli durante seu estágio na UFPR (Foto/Arquivo pessoal)

Agora, quem veio de Curitiba para Maringá foi a psicóloga Daiane Momo Daneluz. A doutoranda realizou seus estudos orientada pela professora Rúbia Weffort de Oliveira, no Laboratório de Farmacologia do Sistema Nervoso Central, da UEM. “Aprendi não apenas técnicas e teorias, mas me deparei com a importância do trabalho em equipe, a necessidade de adaptação a novos ambientes e a busca constante por conhecimento”, relata Daiane. 

 

Já a bióloga Suellen Cristina dos Passos, que é mestranda do Programa de Ciências Biológicas, da UEM, seguiu com sua pesquisa para a UEL, onde pôde aprender técnicas de imunofluorescência, bem como o funcionamento do Laboratório de Neurogastroenterologia, que é coordenado pelo professor Eduardo de Araujo. Segundo a pesquisadora, “será possível analisar outros resultados que foram obtidos, trazendo mais enriquecimento e agregando mais técnicas para o meu projeto.

Daiane Daneluz durante seu 

estágio na UEM (Foto/Arquivo pessoal)

Suellen Passos durante seu 

estágio na UEL (Foto/Arquivo pessoal)

Os depoimentos acima evidenciam a importância das ações empreendidas pelo Novo Arranjo, que viabilizam um maior e melhor aproveitamento do conhecimento neurocientífico e o fortalecimento da rede pesquisa em neurociência no estado do Paraná.

 

Os pesquisadores que tiverem interesse em inscrever seus projetos podem acessar os editais neste link: https://napineurociencias.net.br/editais/ 

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