Coordenadores do Arranjo falam sobre avanços na área e perspectivas para o futuro do projeto
Nos dias 11 e 12 de março, Curitiba foi palco da 3ª Semana dos Novos Arranjos de Pesquisa e Inovação (NAPIs), reunindo pesquisadores, gestores de ciência e tecnologia, representantes do setor produtivo e estudantes. O evento, realizado no Campus da Indústria da Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), teve como objetivo destacar os avanços e perspectivas futuras de cada NAPI, promovendo um ambiente de troca de conhecimento e inovação.
O NAPI Neurociências esteve presente no evento, representado por seus coordenadores, o professor Claudio da Cunha, da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e o professor Eduardo Araújo, da Universidade de Londrina (UEL). Durante a programação, o grupo compartilhou suas principais conquistas, desafios enfrentados e os planos para o futuro da pesquisa neurocientífica no estado, destacando iniciativas voltadas tanto para a formação de novos pesquisadores quanto para o impacto social da neurociência.
No evento, o professor Claudio da Cunha ressaltou que um dos principais ganhos com a criação dos NAPI foi a integração entre os neurocientistas do Paraná. “Mapeamos os pesquisadores da área, buscamos quem estava publicando e promovemos encontros entre universidades, fortalecendo a colaboração e a troca de conhecimentos”, afirmou.
O professor Eduardo Araújo destacou que a participação do NAPI Neurociências aconteceu em dois momentos no evento. “No primeiro dia, nós passamos a tarde com um balcão apresentando o nosso NAPI. Todos os Arranjos tiveram essa oportunidade de demonstrar seus produtos de forma mais concreta. Nós levamos um cérebro humano para exposição, o que atraiu muitas pessoas. Explicamos o que é neurociência e como nossa pesquisa pode contribuir com a sociedade de forma acessível e didática”, informou.
Já no segundo dia, o professor Claudio da Cunha fez uma apresentação formal no palco do evento, detalhando a estruturação do NAPI, seus objetivos iniciais e os avanços conquistados nos últimos dois anos.
Projeções futuras e novas áreas de estudo
Com o apoio da Fundação Araucária, o NAPI Neurociências pretende expandir suas atividades no futuro. Entre os planos está a criação de uma nova área focada na capacitação profissional, com treinamentos sobre detecção precoce e intervenção breve no uso de drogas, seguindo protocolos da Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, o grupo pretende desenvolver novos projetos de pesquisa em neuroinflamação, doenças neurodegenerativas, abuso de drogas e transtorno do espectro autista.
“Estamos estruturando subprojetos mais voltados ao desenvolvimento de produtos e terapias inovadoras”, revelou Claudio da Cunha. Um dos estudos em andamento investiga o potencial da progesterona no tratamento da dependência de cocaína e crack, enquanto outra frente de pesquisa busca entender mecanismos neurais associados ao autismo, utilizando modelos animais e tecnologia de ponta.
A participação do NAPI Neurociências na 3ª Semana dos NAPIs reforça a importância da pesquisa científica para o avanço da neurociência no Paraná e no Brasil, fortalecendo colaborações, disseminando conhecimento e impulsionando novas descobertas na área.